Rajadas de vento agitaram as águas do Rio Guaíba. Era sábado, véspera de corrida, e nem parecia dezembro durante a passagem do ciclone extra tropical na capital gaúcha. A temperatura baixou, não conferi o quanto, mas fez frio. A manhã de domingo trouxe um sol amarelo que lutava bravamente para dissipar seu frescor. Enquanto os jornais matinais repercutiam a “ressaca” do rio, este já era calmo e grandioso, transferindo sua força para a oculta correnteza. Poeticamente acredito que o Guaíba se acalmou para assistir em mais uma prova do Circuito das Estações, toda a beleza daquela gente que corre: O colorido das camisas que colam no corpo suado das moças e rapazes; o brilho no olhar dos atletas de todas as idades, exalando adrenalina e alegria de viver. O mesmo Guaíba que injeta encantamento na alma humana, ao exibir continuamente o sol se pondo, tornara-se espectador dos homens.
Foto 1: Concentração antes da largada
Era vinte p’ra’s nove quando me posicionei na pista. Se quisesse aquecer ou alongar, perderia a chance de largar na frente, então não aqueci. Às nove, a largada foi dada para mais de 4 mil corredores. Apenas uma semana após a Corrida da Pampulha, em Belo Horizonte, eu já estava na Corrida Adidas em Porto Alegre – era um belo fechamento de ano!
BOM TER AMIGOS
Cheguei em Porto Alegre na sexta (11-12), peguei meu kit da corrida e fiquei no shopping aguardando minha amiga Isabel. Revi seu filho Brunno, que cresceu e está com a cara do Guga. Conheci o Paulo, seu namorado. Nessa noite, papo rolou até duas da manhã na casa da Isabel. Disfarcei a emoção quando a Isabel orou, antes da refeição, e agradeceu a Deus, entre outras coisas, pela minha presença: eu estava em casa.
Saí para dar uma corridinha na estrada e me perdi na volta. Com isso atrasei o almoço, mas poderia ter sido pior.
Na manhã de domingo eles me levaram para o local de corrida, tiraram fotos, vibraram e eu nem sei se merecia tudo isso.
A CORRIDA
Sabia que não daria para melhorar meu tempo naquela prova de 10K. Com 43’03”, fiquei na quarta colocação por faixa etária (50/54). Forcei o que pude, mas sem deixar de curtir o percurso, o visual e o carinho dos amigos me incentivando na passagem dos 5 km. Aqueles 43 minutos passaram muito rápido.
VOLTANDO AOS LONGÕES
Recebi hoje um e-mail avisando que a inscrição para a Maratona do Rio (18/07/2010) já está aberta. Faltam sete meses para a prova, mas eu já estou me preparando a quase dois. Já fiz quatro longões Irajá/Centro (22km) e, neste último sábado, resolvi estender as pernas de Irajá a Copacabana, chegando aos 31 km. Vou tentar repetir esse percurso, nos próximos sábados, até ficar totalmente adaptado e diminuir o tempo obtido (2h 47min). Se continuar treinando com regularidade, nos meses que virão, estarei apto para encarar, em ritmo contínuo, os 42Km da Maratona mais bela do Mundo.
Abraços!
Bira
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