Amigos!
Feliz é o bairro que tem um vasto gramado onde treina um corredor! Esse bairro é Irajá, o gramado está no Trevo das Margaridas e o corredor sou eu. Utilizo aquela área, relativamente bem cuidada, para dar volume aos meus treinos, duas ou três vezes por semana. Não tenho concorrentes. Em seis meses, somente um dia vi alguém correndo ali. Dou vinte voltas em pouco menos de uma hora, somando uns 13 quilômetros. Sexta-feira passada foi um desses dias.
Feliz é o bairro que tem um vasto gramado onde treina um corredor! Esse bairro é Irajá, o gramado está no Trevo das Margaridas e o corredor sou eu. Utilizo aquela área, relativamente bem cuidada, para dar volume aos meus treinos, duas ou três vezes por semana. Não tenho concorrentes. Em seis meses, somente um dia vi alguém correndo ali. Dou vinte voltas em pouco menos de uma hora, somando uns 13 quilômetros. Sexta-feira passada foi um desses dias.
Enquanto a imprensa dava destaque à baixa umidade do ar, as matas brasileiras ardiam em chamas. Constatei isso ao longo da Rodovia Presidente Dutra, numa viagem de ida e volta a São Paulo. Mas agora eu estava ali, no fim da longa rodovia, correndo sobre o gramado meio seco.
A manhã do dia 03/09/2010 revelava um céu sem nuvens. O trânsito, na Av. Brasil, intensificava aos poucos tanto quanto a luz solar. Não havia indícios de que eu teria uma experiência sobrenatural num ambiente matinal, claro e movimentado, mas isso ocorreu. Tudo seguia como o planejado. Mais uma vez eu daria as 20 voltas no vasto canteiro para depois ir trabalhar. O treinamento na grama requer um pouco mais de atenção às irregularidades do piso, mas eu já conhecia cada centímetro daquele gramado. Esforçava-me para manter a concentração em não deixar cair o ritmo, na monotonia das passadas. Estava na volta de nº 13 quando uma lufada de vento fez surgir um redemoinho ao meu lado, dando vida às folhas mortas do chão, atirando-as sobre mim, junto aos ciscos e poeira. O susto fez meu coração disparar tanto quanto minhas pernas. Senti um arrepio e pensei: “É Saci Pererê!” Um redemoinho que surge do nada é artimanha do Saci. Em instantes, a nuvem de poeira ficou para trás e dissipou da mesma forma que surgira. Percebi que estava eufórico e me arrepiei de novo, me perguntando: “Será que o Saci está correndo comigo??” Já ia me benzer para exorcizar o espírito travesso, mas refleti: “Deixa o neguinho!... Vamos dar uma volta juntos neste gramado!” Gargalhei ao pensar no esforço que o perneta devia estar fazendo para me acompanhar, ainda mais com um cachimbo na boca! Definitivamente, para se tornar corredor, Pererê teria que instalar uma destas próteses modernas, largar o fumo e trocar a carapuça por um boné. Resumindo, seria o fim do Saci!... Imediatamente, pensei de novo: “Deixa o neguinho!” e quando a volta nº 14 começou, falei: “Vai Saci! Pula fora que seu esporte não é esse!”
Fechei o treino em 59 minutos quando o sol parecia mais forte e o vento mais fraco. Saci já havia partido, acredito que grato por ter encontrado alguém que não quis exorcizá-lo ou convertê-lo. Quanto a mim, vou continuar treinando de manhã porque à noite corro o risco de encontra a Mula-Sem-Cabeça que possui labareda de fogo no lugar das ventas... Não quero nem imaginar!
Abraços!
Bira.
Po Bira se num treino vc encontrar com a mula sem cabeça não terá problemas pq vc ira correr muito mais do que ela...kkk...Muito bom a sua narrativa de seus treinos, agora correr na grama é bom demais, mas correr ao lado da Av. Brasil não é poluido demais? Valeu meu amigo que Deus te abençoe com muita saúde e te ilumine.
ResponderExcluirBons treinos,
Jorge Cerqueira
www.jmaratona.com
Obrigado, meu querido ultramaratonista por sempre estar aqui parcipando do blog... Na verdade esses treinos em grama foram feitos em 2010, quando eu me preparava para a Maratona do Rio e eu dei uma "up" na postagem para comemorar os 5 anos do BiraNaNet, que se aproxima... Até janeiro, pretendo repassar as melhores postagens.
ResponderExcluirQuanto a treinar próximo da Brasil, só tem esse lugar com grama em Irajá - e perto do Shopping novo e compõe o Trevo das Margaridas. Não é tão ruim assim! Fazia bons treinos ali pois pegava mais tarde no trabalho, quando estava no setor de Informática... Ozéias e Murilo também treinavam lá, só que do outro lado do Trevo. Abs! Bira