domingo, 26 de junho de 2011

Asic Golden Four - Sábado, Dia do Kit

Amigos!


Muitos curiosos me bombardeiam com perguntas sobre as corridas. Alguns até pensam que para organizar uma prova de rua, bastaria distribuir camisetas, juntar os competidores e soprar um apito de largada. Logicamente, quando eu falo do valor das inscrições eles não entendem porque nunca pensaram na quantidade de gente e equipamentos que é mobilizada, não só durante a prova, mas antes e depois. Quem está alheio ao mundo da corrida de rua se surpreende, por exemplo, ao saber que 72 mil copinhos d'água mineral gelada foram distribuídos na última São Silvestre, transportadas por caminhões freezers, na madrugada, com segurança privada que os protegeram dos saques. Sem falar dos gatorades e frutas. Da interrupção do transito, batedores, ambulâncias, cronometragem... E muito mais coisas que eu nem sei enumerar por que sou apenas um corredor no meio dessa multidão sadia.

Alessandro avalia viseira na loja instalada no salão do evento...

... enquanto Ozeias tieta o maratonista, supercampeão da Disney, Adriano Bastos.

Atualmente, temos quatro grandes revistas especializadas em corrida (O², Runners, Contra Relógio e Finisher) que ajudam a disseminar as novas provas que se alastram pelo país. O circuito de meias maratonas Asics Golden Four é uma dessas novidades e já chegou forte, com primeira etapa no Rio: percuso Recreio - São Conrado.


A entrega de kit aos corredores foi no Hotel Sofitel - Av. Atlântica, Posto 6, neste sábado. No Salão de Eventos lotado havia palestras, venda de artigos esportivos, degustação alimentos  e almoço de massas. Havia velhos amigos e novas amizades. Sorrisos e abraços carregados de emoção que, no ambiente fechado, fez a tarde chegar sem que se percebesse. Foi muito bom ouvir a história do Lelo - ex-atleta olímpico - que levou anos para superar multifraturas nas pernas, contadas pelo próprio. Ouvimos com admiração o mesmo relato que nos impressionou quando lido nas páginas do livro Operação Portuga.

   O ex-atleta olímpico Lelo apresenta palestra sobre Superação. Suas pernas sofreram multifraturas (imagem abaixo) e seu caso foi tema em congresso internacional...

  ... Mais do que recursos, ele teve fibra e firmeza para voltar a caminhar anos depois. A solução foi caseira, vinda de seu ex-pediatra de 80 anos: Volta ao esporte através da corrida.

Depois foi voltar para casa, descansar e se concentrar para acordar às 3:30h da manhã, pegar a van às 5h na Vila da Penha e chegar às 6h, no Recreio, já que a largada dos 21k será às 7h de domingo... Mas isso é assunto da próxima postagem.

Abraço!

Bira

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Estratégia para Subir no Pódio

Amigos!


Não precisa falar que eu sei: Tudo que você almeja num domingo é ser ver livre do Centro da Cidade. Engarrafamento nas ruas, esbarrões nas calçadas, ronco dos motores e apitos de guardas. E ainda os relógios do pulso, do poste ou da Central lhe pressionando a se mover mais rápido!... Nem dá para perceber as belas edificações que o Rio Antigo nos deixou. Nesse domingo (12/06), no entanto, 4.000 pessoas percorreram em passadas rápidas e felizes os mesmos caminhos onde a História do Brasil foi escrita. No pulso, no poste ou na Central ainda havia relógios. Ser mais rápido, no entanto, era um desafio prazeroso. Havia também quem quisesse apenas curtir um trote ou caminhada pelo Centro para percebê-lo sem a nuvem do stress diário. Estes tiravam muitas, mas muitas, fotos como o Rio Antigo jamais sonhou.






AQUECIMENTO INUSITADO
Acordei às quinze para as sete quando deveria fazê-lo uma hora antes. Joguei água quente no susto e esfreguei com sabonete, tomando um banho de 5 minutos. Logo, o gosto de pão dormido e sem manteiga substituiu o da pasta de dente, na boca ofegante - às 7:15h eu já estava correndo em busca de um táxi.

Já no Centro, às 7:45h, devido às ruas bloqueadas eu tive de abandonar o táxi. A largada seria às 8h no Passo Imperial e eu estava a 2km dali, no Campo de Santana. Saí desembestado rumo ao Passo pelo mesmo percurso que faria, minutos depois, durante a prova e me lembrei que nem levara os alfinetes para prender o número na camiseta! Ainda tive de ouvir os distribuidores de copinhos d'água me sacaneando:

- Olha lá!... Já vem vindo o primeiro colocado!

Mas não dava tempo de sentir raiva ou graça. Minha saída foi pensar que eu já estava me aquecendo. Consegui os alfinetes na barraca de uma assessoria esportiva e cinco minutos antes da largada eu já estava pronto. Foi quando encontrei meus velhos companheiros.

Às oito da manhã o sol de inverno parecia ter preguiça para se levantar e aquecer o dia, mas a brisa - que virara a noite nas baladas - ainda aspergia friagem em gotículas invisíveis; um clima ideal para correr. Enquanto isso, um conjunto regional executava chorinhos tradicionais, ao vivo, no lugar de música eletrônica.
 Enquanto eu corria em desespero, para chegar ao local a tempo, meus colegas tiravam fotos: Ozéias, Carlos, Moraes, Alessandro e Adriano...

A largada foi dada e eu sentei a bota! Não quis nem saber se não vinha treinando visando as corridas curtas, nem se a Maratona de Porto Alegre havia deixado meus músculos doloridos por mais de uma semana. Quando fiz a inscrição para esta prova, em abril, escolhi correr os 5km para ter chance de subir ao pódio na faixa de idade.

Os minutos passaram rápido sob as sombras de prédios novos e seculares e eu cruzei a chegada com surpreendentes 19min e 17s. Fui o segundo na faixa etária e levei um trofeuzinho para casa - a estratégia deu certo. Acho até que se eu treinasse direcionado para os 5 mil, poderia tirar mais um minuto deste tempo.


Passado o fiasco da maratona anterior, isso até serviu para resgatar parte da minha auto-confiança. Não decidi ainda se vou fazer a Maratona do Rio, mas já estou inscrito para a Meia Maratona da Asics, 26/06, da Barra ao Recreio. Reduzi os treinos pois estou reformando minha casa, mas acho que poderei fazer uma boa prova!






Ao lado: 
Moraes e a Bruna, que eu nem vi no dia da prova.



Abraços!
 
Bira