sábado, 27 de fevereiro de 2016

Cabeça de Corredor...

(...) É bem possível que durante um treino, a cabeça e o coração dos corredores troquem de lugar sem que ninguém perceba (...)
Cabeça de Corredor, gif animado com recorte de imagens da internet - Bira, 26-02-16.

Cabeça de Corredor...

Amigos!

"O que é que tá se passando com essa cabeça?" *

Essa cabeça de corredor, que faz você ficar ansioso pela próxima corrida, pelo próximo treino. Que não se conforma com o preço estratosférico dos tênis, mas sonha ter um Garmin de última geração.

Essa cabeça de corredor, que faz você resistir e prosseguir em uma maratona mesmo depois de esgotado. Que aplica esse exemplo de superação nos problemas da vida, e que sonha ter, na vida, mais tempo disponível para praticar esporte.

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Essa cabeça de corredor, que faz você acreditar que ainda pode baixar seus próprios recordes. Que nunca percebe quando está vivenciando os melhores momentos, somente depois que tudo passa, como passam os corredores.

A mesma cabeça que lhe ajuda, confunde também...

Ela não tem paciência para esperar uma lesão ficar curada, pois tem pressa de expulsar as mágoas no suor da pele. Ela quer perceber o ar fresco inflar os pulmões e dele sair aquecido, resultado da queima de toda impureza acumulada... É que cabeça de corredor tem mania de limpeza do corpo e da alma!

A mesma cabeça que lhe ajuda, confunde também... 

Quando você estiver retornando a correr, depois de ficar parado por um longo período, seu corpo não aguentará o tranco. Sua cabeça, no entanto, vai querer que você corra mais, podendo até lesionar de novo... É que cabeça de corredor não se conforma com pouco!

A mesma cabeça que lhe ajuda, confunde também... 

Cabeça de corredor pulsa feito o coração. É bem possível que durante um treino, a cabeça e o coração dos corredores troquem de lugar sem que ninguém perceba. Talvez seja por isso que quando eu corro, vejo o mundo que não figura nas manchetes de jornal e tenho esperança... É que cabeça de corredor não se conforma com os limites do boné!

"O que é que tá se passando com essa cabeça?"

Essa cabeça de corredor que deseja, resiste, supera, sonha, acredita, ajuda, confunde, não tem paciência, extravasa as mágoas, tem manias, não se conforma, tem esperança e, por fim, se liberta!

Abraços!
Bira.

* frase da música "O que É Que Há" de Fábio Jr. e Sérgio Sá.



quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

Eu Precisava Correr Na Chuva!

(...) Pode parecer loucura, mas eu precisava correr na chuva. Não uma chuva comum, mas uma tempestade de verão, daquelas que desabam no fim da tarde (...)

Gif animado Correndo na Chuva - Bira, 25-02-16.
Eu Precisava Correr Na Chuva!

Amigos!

Pode parecer loucura, mas eu precisava correr na chuva. Não uma chuva comum, mas uma tempestade de verão, daquelas que desabam no fim da tarde. Esta semana eu estava de férias e fiquei de vigília olhando para o céu. Esperei, várias vezes, o sol se exaurir e se esconder atrás das nuvens carregadas. Sempre que o vento enfurecia, eu saía para treinar. Encarava as nuvens de poeira no rosto e as trovoadas nos ouvidos. Mas a chuva que chegava não era suficientemente forte por onde eu passava, até que chegou sexta-feira...

Comecei a correr antes que caíssem os primeiros pingos. O trânsito de final de tarde era intenso e me forçava a subir nas calçadas. A ventania fazia sacolas plásticas de supermercado dançarem, tristemente, feito pipa avoada no ar. Ela atirava poeira e grãos de areia nos meus olhos, fazendo-me quase parar. Torci para que os primeiros pingos caíssem, de vez, para a poeira findar. E os pingos desceram pesados, frios e acelerados pelo vendaval. Outdoors ameaçavam desabar numa calçada. Galhos de árvores quebravam e despencavam de fato. Um deles, bem grande, caiu à minha frente, quase encima de um abrigo de ponto ônibus. Um casal que lá estava sorriu disfarçando o medo. Também disfarcei meu medo correndo mais forte. Por sorte, os raios riscavam o céu bem longe dali, de onde os estrondos chegavam feito um fundo musical. Foi quando um tremendo aguaceiro desmoronou de vez e o vento, enfim, se acalmou.

Pronto!... Lá estava eu correndo na chuva do jeito que queria! Imediatamente lembrei das peladas animadas pelas tempestades de verão, nos tempos de criança. Apesar de tantos anos, ainda tinha um pouco daquela euforia estocada dentro de mim. Comparei os dois momentos e pensei:

-- Eu que Agora pisava nas poças d'água com pés protegidos, estava muito mais sujeito às lesões do que quando era criança e corria descalço...

O aguaceiro ficou mais intenso, reduzindo a visibilidade para poucos metros. Multipliquei minha atenção nos automóveis para não ser atropelado e prossegui. Transeuntes se abrigavam embaixo das marquises, enquanto eu me abrigava na própria tempestade. A roupa de corrida grudava no corpo totalmente embebido, feito toda cidade.

Todas as Idades de Lindalva... - 70 anos de história da corredora Lindalva Figueiredo.

O Corredor Invisível - Uma crônica de corrida desconcertante... Confira!  

A temperatura caía mas eu fervilhava. Aquela chuva fria causava uma sensação maravilhosa ao tocar no meu corpo quente. Comecei a correr sem sentir o esforço que fazia, apenas o ar que entrava para dentro de mim. Aquele ar alimentava meu corpo e ventilava minh'alma. Ninguém poderia entender o que acontecia dentro do meu universo. Ninguém que me visse cruzar a esquina, correndo feito um louco no temporal poderia entender o prazer que eu sentia!...

Eu precisava correr na chuva, para compensar todo tempo que fiquei sem correr!

Abraços!
Bira.


quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

Seleção 8 Anos: 8 Histórias de Corredores!

Na imagem a corredora Gilmara Maciel cuja história fez grande sucesso no blog...

Seleção 8 Anos: 8 Histórias de Corredores!

Amigos!

Vez ou outra eu conto a história de corredores de rua aqui. Eu não utilizo nenhum critério para isso. O corredor não precisa ser famoso ou meu amigo. É tudo uma questão de oportunidade.

Escrever sobre as pessoas é sempre um desafio no qual o protagonista precisa estar disposto a revelar detalhes de sua vida. São esses detalhes que fazem o leitor se identificar com a história e desafiam o escritor.

Contar histórias pessoais talvez seja o maior desafio de quem escreve. Revelar os dramas de modo a trazer quem lê para a pele do personagem, criar empatia e despertar admiração.

Selecionei 8 histórias, entre todas que contei, para comemorar 8 anos deste blog. Confira os resumos e clique na imagem para ler os textos completos:

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1º Lugar: Multi-Gilmara (ou Gilmara Encontra Gilmara).

Em junho de 2012, eu decidi fazer a postagem sobre Gilmara Maciel. Até então, eu sabia muito pouco sobre ela, mas queria brincar com o fato de ela ser corredora e passista. Enviei-lhe um e-mail com algumas perguntas do tipo: "Como e por que você começou a correr?"... Até aí tudo bem, mas quando as respostas chegaram eu falei para mim mesmo: "E agora?... Como eu vou me virar para escrever essa história?" O resultado foi uma postagem emocionante e surpreendente, até para mim que estava escrevendo... Confira!


2º Lugar: Todas as Idades de Lindalva...

Ao saber que a Lindalva Figueiredo iria completar 70 anos, quis escrever sobre o fato. Por telefone ela relatou sua vida, antes mesmo de migrar do interior Pernambuco para o Rio de Janeiro, em 1970. Esse texto que conta a história da atleta que começou a correr aos 64 anos ganhou as páginas do Pulso (Jornal O Globo) para a minha alegria... Confira e saiba porque!



3º Lugar: As Aventuras... Parte II (História do Corredor Antônio Carlos de Carvalho).

Radicado em Roma, o mineiro Antônio Carlos organiza anualmente uma corrida e traz italianos ao Brasil, para conhecer a pequena São José do Goiabal e suas crianças carentes. Promove "adoções à distância" e mantém a Casa de Miguel, construída por ele, onde as crianças recreiam e praticam esporte... Mas isso é apenas o ápice da odisseia de um atleta que deixou o Brasil para buscar um lugar ao sol na Itália... Confira!

4º Lugar: O Diário de Corrida de Zim.

Quando eu soube que o corredor e amigo Erivaldo Zim foi acometido de problemas de saúde, quis prestar uma homenagem e escrever um pouco da sua história. Propus aos seus amigos mais próximos que fizéssemos um treinão, juntássemos bons fluídos e mostrássemos o quanto Zim é querido. Todos concordaram e coube ao próprio Zim organizar o treinão. A postagem também foi em grande parte "escrita" por Zim, pois conteve trechos de seu Diário de Corrida... Confira!

5º Lugar: Moraes Runners Somos Nós!

Moraes é um dos corredores de rua mais conhecidos do Rio de Janeiro. Figurinha carimbada nas provas e treinões, onde além de medalhas coleciona amigos. Certa noite lhe liguei, para que contasse como começou a correr e o que fazia antes, visando escrever postagem. As surpresas vieram, primeiramente para mim, na bela história que repassei... Confira!


6º Lugar: Vannucci, Filma Eu!!!

Para escrever a postagem sobre Vannucci Jr. (blog Corrida Rústica) eu levei um bom tempo. Primeiro mandei algumas perguntas, respondidas por e-mail, mas aquilo não seria o suficiente para uma boa postagem. Minha intensão não era propriamente escrever sobre seu passado, mas sobre a história que ele está traçando no presente. Então fiquei enrascado, até que me lembrei de um telefonema que recebi e tudo se resolveu... Confira como!

7º Lugar: Genivaldo do Tênis.

Tive a ideia de escrever sobre ex-corredores que viraram profissionais do ramo esportivo. Mesmo não dando sequência à série, valeu!... Contei a história de Genivaldo Rosa, atleta frequentador de pódio em grandes maratonas dos anos 90. O atual comerciante atrai corredores à Loja dos Tênis Esportivos, no Flamengo, com atendimento diferenciado e orientador... Confira sua história!

8º Lugar: Sonho de Corredor.

Foi pelo Facebook que descobri Elton Wander, um corredor de Ibiporã, interior do Paraná. Ali mesmo acompanhei suas provas e percebi que ele era treinado por Adriana de Souza - duas vezes vice campeã na São Silvestre. Elton me colocou em contato com Adriana, que gentilmente me contou sua história... Sonho de Corredor agregou as histórias de Adriana e Elton, a mestra e o aluno dessa atividade onde todos são alunos e mestres ao mesmo tempo... Confira!

8 Anos, Quem Diria!...

Li na internet que a média de vida útil de um blog é (pasmem!) de 90 dias... E BiraNaNet já está há oito anos por aqui, querendo ficar pelo menos mais oito. O blog não prioriza os vídeos, que são mais populares, mas nem por isso faz feio... Atualmente (2015/16) tem média de 5 mil acessos/mês. Escrever crônicas de corrida, criar imagens e conteúdos inéditos é um desafio. Cada texto que escrevo é uma corrida que completo. Cada elogio, uma medalha!...

Muito obrigado pela visita!

Abraços!
Bira. 


sábado, 13 de fevereiro de 2016

As Aventuras de BiraNaNet - Parte II

(...) Surpreendeu-se ao deparar, dentro do cemitério, com ruas compridas e desertas, que mais pareciam pistas de corrida margeadas pelos túmulos. Imediatamente lembrou que já não corria, há muito tempo, e decidiu fazê-lo ali mesmo, naquela hora (...) - trecho.

Antonio Carlos passando em frente ao Coliseu - foto de arquivo pessoal.
Amigos!

Segue a bela história de Antônio Carlos de Carvalho - corredor mineiro radicado em Roma, em...

As Aventuras de BiraNaNet - Cap. I - Parte II

a) "POSSO PARTICIPAR DESSA CORRIDA?"
Estamos em maio de 1982, no complexo esportivo do Grupo Santista, na Zona Oeste de São Paulo. É manhã domingo e as provas de atletismo da Fábrica de Tecidos Tatuapé estão para começar. Antonio Carlos de Carvalho, um jovem funcionário da fábrica, ignorava o evento. Ele tinha acabado de chegar ao local apenas para jogar futebol, como fazia todo domingo. Daquela feita, no entanto, percebeu um movimento incomum na pista de atletismo e se aproximou para observar alguns corredores que ali aqueciam. Quando deu conta que iniciaria uma competição, pediu para participar, alegando que também trabalhava na empresa. Resumindo o que veio a seguir: ele, que nunca correra antes, simplesmente ganhou duas competições, de 1.500 e 3.000 metros, e foi convidado a entrar na equipe de corredores do Grupo Santista.

Um ano depois, já totalmente convertido do futebol para a corrida, Antônio Carlos estava obtendo bons resultados em competições. Certo dia foi treinar sozinho no Parque Piqueri, localizado também no Tatuapé, quando avistou corredores do Corinthians se aquecendo. Aproximou e repetiu o pedido feito, há um ano, no campeonato de atletismo:

-- Posso participar?...

Desta feita, no entanto, o treinador do Corinthians - José Roberto - encarou o intruso e disse:

-- Aqui, com nós, você vira atleta ou morre!... - E o riso foi geral.

Para Antônio, a risada coletiva soou como o ranger de uma imensa porta se abrindo. Ele teria a oportunidade de correr com grandes atletas!... Mas, no grupo, foi logo foi apelidado de Cheira-meia, já que era o último da fila, durante os treinos. Antônio não se importou com o apelido e continuou ganhando experiência ao treinar com corredores de elite. Certo dia, o técnico aplicou um treino que envolvia toda a equipe. Ao todo seriam percorridos 18 km numa pista, da seguinte forma: Os primeiros 9 km seriam corridos no ritmo de 4 min por km (4X1) e os 9 km finais, no ritmo de 3 min por km (3X1). A cada 3 km, os atletas teriam um minuto de intervalo para recuperação... Vamos ao treino:

b) A REDENÇÃO DO CHEIRA-MEIA!
Depois da largada, Antônio (Cheira-meia) assumiu o seu lugar no fim da fila, continuando ali por toda primeira etapa. Ele sentia que estava num bom dia, mas não quis se precipitar e acelerar antes da hora. Nos 3.000 metros finais, Cheira-meia resolveu acelerar e ultrapassar cada membro da equipe. Até quem tentou resistir foi batido por ele. Seu técnico sorria ao vê-lo rodando muito abaixo dos 3X1. Naquele momento, o Ex-Cheira-meia ganhou respeito e entrou, de fato, para equipe do Corinthians e participou de todas as provas seguintes!

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Com a equipe ganhou prêmios ao vencer provas no interior de São Paulo e Sul do Brasil. Vieram os patrocínios trazidos pelo programa de incentivo ao esporte do Governo Federal. Com a melhoria de vida casou-se, em 1985. Cinco anos após o casamento, no entanto, mudou o governo e a lei de incentivo foi abolida para ele e outros 200 atletas. Justamente quando já era pai, Antônio viu seus rendimentos reduzidos a dois salários mínimos mensais! Viu que seria impossível sobreviver com a família em São Paulo... Era 1992, o mesmo ano que a Ministra da Fazenda, Zélia Cardoso de Mello, aterrorizou o Brasil com o confisco da caderneta de poupança. Foi quando Antônio abarrotou suas malas e retornou com a família para o interior de Minas Gerais.

Foi morar em João Monlevade, cidade vizinha a São José do Goiabal, onde nasceu. Lá tentou de tudo: vender pastel, sucos de frutas e concursos públicos, mas nada deu certo. Apesar dos problemas, criou um grupo de corredores locais, denominado ACORP - Associação de Corredores de Pista e Rua. Mas isso não lhe dava sustento, apenas alegrias - que não pagam as contas. No início do ano seguinte, 1993, Antônio decidiu vender sua moto e comprar passagens aéreas para Roma, capital da Itália, onde tentaria arrumar trabalho e dinheiro.

c) PERAMBULANDO NAS RUAS DE ROMA...
Antônio foi sozinho para Itália com dinheiro para pagar apenas três meses de aluguel. Seu plano seria conseguir biscates como servente de pedreiro. Por isso ficava em frente às lojas de material de construção, de manhã, onde os empreiteiros costumavam contratar ajudantes temporários, mas nada conseguiu. Economizava fazendo refeições gratuitas na Caritas de Roma. Depois, perambulava pelas ruas para aprender o idioma, pois na casa onde morava só residiam brasileiros. Diferente de Antônio, o tempo não parou de correr e nem o pouco dinheiro que tinha parou de minguar... O ex-corredor não via o dinheiro lhe tocar às mãos, mas via o tempo escorrer entre seus dedos.

Quando o sol de Roma se recolhia, uma lua deprimida surgia diante de seus olhos trazendo o medo, a insônia e a depressão. Alguns dos brasileiros que residiam com ele bebiam, fumavam ou se drogavam à noite. O ambiente não era propício a ninguém, muito menos a um atleta. Então, ele voltava a andar pelas ruas, às altas horas da noite, até que o sono batesse e lhe levasse de volta para casa. Em um desses dias, caminhava rente ao Cemitério de Verano, quando percebeu que uma parte de seu muro estava quebrada. Era mais uma fria madrugada de março de 1993 e a cidade dormia. Seria improvável que alguém quisesse entrar no cemitério naquele momento, mas Antônio parecia atormentado demais para temer assombrações e entrou no cemitério pela falha do muro.

d) CORRENDO NO CEMITÉRIO...
Surpreendeu-se ao deparar, dentro do cemitério, com ruas compridas e desertas, que mais pareciam pistas de corrida margeadas pelos túmulos. Imediatamente lembrou que já não corria, há muito tempo, e decidiu fazê-lo ali mesmo, naquela hora... Pôs-se a correr entre os ciprestes sombrios e as estátuas de anjos que ornamentam as sepulturas... E foi assim: em meio á quietude do cemitério e um turbilhão de incertezas que Antônio estava de volta à corrida!

Retornou ao cemitério para correr, todas as madrugadas. Desesperou-se quando restavam apenas 15 dias de aluguel pago. Foi caminhar pelo centro de Roma e entrou num bar, reduto de brasileiros. Ali conheceu Brandão, mineiro de Governador Valadares, com quem desabafou. O pedreiro Brandão anotou seu telefone e prometeu lhe contratar como ajudante. Antônio encheu-se de esperança e nem precisou correr no cemitério, naquela noite, para resgatar o sono. De manhã, foi caminhar sobre o gramado da Villa Pamphilj. No imenso parque avistou uma concentração de corredores se preparando para competir...

e) "POSSO PARTICIPAR DESSA CORRIDA?... (DE NOVO!) "
Sem que Antônio sequer pensasse, suas pernas lhe conduziram para o local onde os atletas se aqueciam. Sem precisar sequer falar italiano direito, sua boca pronunciou o pedido: "Posso participar?"... Sim, ele pôde e correu muito bem, chegando na terceira colocação, para surpresa geral. A seguir foi convidado a entrar na equipe da Roma Sprint.

Dois dias depois, o pedreiro Brandão lhe ligou oferecendo trabalho prometido e outra casa para morar. No novo lar os demais moradores não se drogavam. Permaneceu trabalhando com Brandão, até que Stephano Amadei, presidente da Roma Sprint e empresário da construção o empregou.

-- Foi aí que juntei o útil ao agradável - relatou Antônio -- Voltei a ser atleta de ponta e transformei todas as premiações que obtinha em material esportivo que enviava para ACORP (aquela equipe que eu havia fundado em João Monlevade, pouco antes de se aventurar na Itália) explicou.

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016

Oito Postagens de Motivadoras!

Uma seleção de postagens motivadoras nos oito anos do blog BiraNaNet...

Em comemoração aos 8 anos do blog, uma seleção de postagens motivadoras e sempre atuais.

Oito Postagens de Motivadoras!

Amigos!

Corra e encontre inspiração para resolver seus problemas! Corra e desenvolva uma visão otimista das coisas e do mundo! Corra pelo bem da sua auto-estima!...

Não, isso não é um texto de auto-ajuda nem propaganda enganosa... É vero! Depois que o seu corpo estiver totalmente adaptado à corrida, você vai parar de sentir dores e sua mente fluirá em um novo mundo!...

Para comemorar os oito anos de blog BiraNaNet selecionei oito postagens motivadoras entre as muitas publicadas:

1° - Rua Turva Corredor Radiante!: nesta crônica, um homem se abriga num bar para fugir da tempestade e avista um corredor na rua, sob a chuva. Quando a tempestade termina, o corredor ressurge e entra no bar. Os dois conversam e o desfecho é surpreendente. Confira!

2º - Eu Faço o Meu Tempo!: num simples treino matinal eu percorri as ruas cotidianas do meu bairro e revisitei todas as minhas minhas idades, rejuvenescendo a cada quilômetro. Confira! 




3º - Sair do Sedentarismo:
quando uma amiga me perguntou, pelo Facebook, "o que fazer para começar a correr?" eu respondi com autoridade de quem sabia o que falava... Tempos depois, vi que não era nada daquilo e tentei consertar com esta postagem. Confira!

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4º - Então Vais, Homem-Água!:
um outro amigo me sugeriu que eu escrevesse sobre "hidratação na corrida" em meu blog. Eu tentei lhe explicar que o assunto era técnico demais e que eu não poderia abordá-lo... Mas pensei melhor e fiz, em forma de poesia! Confira!


5º - Como a Corrida Dilui os Problemas?: naquele dia eu estava voltando a correr após período de lesão. Era um treino comum e repleto das sensações incomuns para quem não corre. Era mais um treino mágico, onde o chacoalhar das imagens diluía os problemas... Confira! 

6º - Problemas Não Sobem a Serra.: os problemas existem para todas as pessoas, estejam elas assistindo um filme no sofá ou subindo a serra num treino com os amigos... Então, qual é a diferença?... Confira!



7º - A Corrida Gosta de Você!:
mais uma vez fui abordado no Facebook por alguém querendo saber como começar a correr... O breve diálogo gerou mais uma crônica motivadora, que eu trago para esta seleção... Confira!



8º - Brincando de Correr na Meia do Rio!: poucas vezes eu fiz vídeos para postar neste blog, até porque nem tenho câmera. "Brincando de Correr" foi um dos poucos, feito com iPhone, mas que teve grande audiência. Saiba o porquê... Confira!

Meus 8 Anos como Blogueiro

Escolhi compor um blog de corridas com crônicas que, em sua maioria, podem ser lidas a qualquer momento. As crônicas não ficam velhas facilmente e se não faz deste blog um campeão de audiência, o faz diferente!

Abraços!
Bira.