quarta-feira, 29 de julho de 2020

Sopa com Mosca!

Sopa com Mosca!

Amigos,

Quanta vezes sua TV fica ligada mas seus olhos não saem do celular?...
...Garanto que muitas e comigo não é  diferente.

Praticamente desisti de ver TV ao vivo. Bem que eu tentei resistir e acompanhar um ou outro noticiário, mas foi dando nojo. Muito diferente dos canais de YouTube que têm bem menos recursos e muito mais interesse. A tela do smartphone dá  privacidade ao expectador, além da praticidade de trocar de aplicativo num toque.

A facilidade do descarte, o direito de escolha: Eu vejo o que quero, quando quero, onde quero e sem pacotes de programação...

Há pouco, eu assistia um canal de YouTube que têm a ver comigo. Canais de YouTube são mais sinceros que a agonizante TV ao vivo,  pois não fingem isenção.

Na TV, a hipocrisia saiu dos telejornais e invadiu os debates esportivos. Nas mesas redondas, os comentaristas deixaram de falar de bolas para falar dos testículos de nossos políticos... Então, vazei. Não preciso ver isso! Corro para os canais de streaming que falam de futebol e do meu time. Não importa se eles não são jornalistas, ou taxistas,: vou tomar um uber!

Agora sou que escrevo, no Whatsapp, com a TV desligada... Dane-se!: Quem disse que eu também não posso ser um emissor? A Imprensa se desespera com tal fenômeno, mas eles sabem que o mundo mudou. Os formadores de opinião viraram moscas se debatendo na tigela da sopa que a gente não quer engolir... Bora pedir uma pizza!

Abs!
Bira.

(Postagem de Whatsapp,  sem revisão de prováveis erros).

segunda-feira, 27 de julho de 2020

Tempo e Espaço


Postagem de WhatsApp: feita no aplicativo e replicada no blog, sem alterações.


Tempo e Espaço 

Amigos!

Quando eu era criança, no início dos anos 70, levava o almoço para o meu irmão, no trabalho. Ia de ônibus (905 - Irajá / Bonsucesso) praticamente de um ponto final ao outro. Só que não era fácil fazer aquilo: As viagens me provocavam náuseas e pareciam que nunca iam acabar... Todos os dias, o lotação rodopiava pelos bairros, parando de poste em poste, feito um cachorro de rua. Eram 13 km de trajeto convertidos em 50 minutos de agonia, ida e volta... Mas, tudo bem, isso passou!

Fiquei quase adulto, me livrei das náuseas e fui trabalhar de office boy no Centro. A qualidade dos ônibus melhorou um pouquinho e eu descobri que para ir à praia bastava descer do 905, na Penha, e embarcar no 483 nos finais de semana. Daquela feita, o itinerário de 35 km se converteria em duas horas de frisson para ver o mar.

Curioso é que, ao longo dos anos, eu tinha a impressão que a Zona Sul estava em outro município, apartado de mim, suburbano, pelo tempo e espaço... 

Sorte minha me tornar corredor e romper essas barreiras com os próprios pés! Agora eu já tenho mais de 60 anos e vou de Irajá a Bonsucesso sem embarcar no 905. Sigo correndo, mas não me contento e continuo o trajeto... Avanço mais dez quilômetros e chego ao Centro da Cidade, porém ainda não é o fim: Só  desembarco dos tênis nas areias de Copacabana, com quase três horas de treino e 32 km de percurso.

É assim que funciona: toda vez que corro eu pego carona no tempo e tomo posse do chão que piso, naquele lapso. Cada pisada que dou representa uma nova conquista e o desprendimento da conquista anterior. Trocando as pisadas como quem troca os amores e vive de paixão, eu vou! 

Sigo reinterpretando o tempo e redimensionando o espaço, não quero parar!

Abraço!
Bira.

(Postagem de Whatsapp,  sem revisão de prováveis erros)

sexta-feira, 24 de julho de 2020

Privilégio de Ser e de Estar...


Privilégio de Ser e de Estar...

Amigos!

Aos 61 anos eu tenho dois privilégios: ser aposentado e estar saudável...

...Daí, não me faço de rogado, calço os tênis e saio para correr. Não tenho dia nem hora para essa brincadeira. Corro na subida do sol da manhã ou na descida da chuva da tarde. Desloco-me na noite contra faróis ou vento. Escapo do trânsito, pulando da margem do asfalto para cima da calçada. Fico atento, evito o tropeço, aproveito a chance de atravessar outra rua. Volta e meia me perco nas entranhas de um bairro. Tento me achar sem diminuir a passada e consigo. Observo canteiros de flores ou despejos de lixo, alimentando borboletas ou ratos. Passante que sou, carrego minha própria paisagem pois corro dentro de mim... E vou!...

Aos 61 anos eu tenho dois privilégios: ser aposentado e estar saudável...

... Daí, não dou bola para os cálculos renais, calço o tênis e saio para correr. Essas pedrinhas que moram nos meus rins desde os anos 80 (!) já me fizeram rolar de dor. Em 1987 eu desisti de correr por conta disso. Só voltei vinte anos depois, ainda com elas dentro de mim. O que mudou foi a cabeça mais resistente ou um milagre tardio, explico: 

Saibam que em 1986 eu corri minha terceira maratona, a "do Rio", levando uma imagem de São Judas Tadeu nas mãos. Eu tinha feito uma promessa pela cura do problema renal. Só depois alguém me advertiu que eu havia pago a promessa antes de obter o milagre (!)... O milagre só surgiria muitos anos depois. As crises renais praticamente se extinguiram. Passei a expelir os cálculos de forma natural e aleatória, na maioria das vezes sentindo apenas um incômodo ao invés da forte dor. Voltei a correr aos 47 para nunca mais parar... E vou!

Aos 61 anos eu tenho dois privilégios: ser aposentado e estar saudável... Durante toda vida, por mais difícil que fosse cada fase, eu sempre tive privilégios mas nem sempre reconheci.

Abraço!
Bira.

(Postagem de Whatsapp, sem revisão de prováveis erros)

quinta-feira, 23 de julho de 2020

Deus Está no Movimento!

Postagem de WhatsApp: feita no aplicativo e replicada no blog, sem alterações.

Deus Está no Movimento!

Amigos!

Sabe aquela frase: "Não tome decisões de cabeça quente..."? Ela tem tudo a ver com a Corrida!  Quando você corre - ou mesmo caminha - seu corpo acelera (e esquenta) e sua mente relaxa (e esfria). Já encontrei otimismo e soluções para os maiores problemas durante o movimento do corpo! Os científicos dizem que é beta endorfina - um hormônio expelido pelo cérebro, no exercício, que entorpece a dor ou traz alegria. Eu diria que é Deus, numa a explicação baseada nos vários anos que corro nos mais diversos lugares.

(Quer encontrar solução para os seus problemas? Então pare de pensar, levanta e vai caminhar um pouco!... Depois me diz o resultado)

Vamos aos fatos: Não se iluda pensando que os objetos estão parados, à sua frente, pois tudo que você vê é composto de elétron em movimento. Agora, mergulhe nas vias de seu próprio plasma e observe a si mesmo: nada está parado, também.

Escrevi, certa vez, que durante a Corrida (ou caminhada) "os problemas e as soluções se apresentam no mesmo instante e se neutralizam...". Agora, só estou mudando a abordagem para atingir um novo público...

Se você tem problemas: a solução é se deslocar e perceber, na miscelânea das imagens ao seu entorno, a manifestação da Justiça: O otimismo ao alcance de todos e sua própria alma diante de si!

Em geral, nós corredores ou ativos nem temos noção  da fonte de nossa alegria. Queremos voltar no próximo treino e ignorar explicações... É justo!

Abs!
Bira.
(Postagem de Whatsapp,  sem revisão de prováveis erros)

quarta-feira, 22 de julho de 2020

Não Entrego os Pontos Facilmente!

Postagem de WhatsApp: feita no aplicativo e replicada no blog, sem alterações.


Não Entrego os Pontos Facilmente!

Amigos!

Quem me vê correndo tanto, sequer imagina que sofro de fascite plantar. Para quem não sabe, é uma inflamação da fáscia - tecido localizado na planta do pé. O problema surgiu em 2013 e nunca foi resolvido. Em 2014, os tratamentos foram inóquos e eu optei por não correr, naquele ano. Nada que eu fizesse surtia efeito. A corrida parecia dar adeus, levando com ela meus amigos, meu blog, minhas atividades e o bem estar do dia a dia...

A surpresa se deu no fim do período: Um corredor muito estimado descobriu doença grave e seus amigos resolveram fazer um "treinão pela cura". Fui dar meu apoio, mas não iria correr, apenas registrar o treino no blog. A largada foi dada e quando me dei conta, estava correndo no meio de todos!

A partir dali, não parei mais. A fascite plantar não foi extinta: eu aprendi a conviver com ela. A despeito de todos os artigos médicos, que recomendavam parar de correr diante do problema, eu segui minha intuição. Procurei tênis mais macios, usei palmilhas de gel dentro dos sapatos, apliquei bolsas térmicas nos momentos de dor e nunca mais parei. Descobri que não se pode exigir condições ideais para tudo na vida!

Lá se vão oito anos e eu continuo correndo! Já fiz inúmeras corridas longas na minha cidade e em todo Brasil. Quando a fascite me ataca eu faço tratamento térmico, melhoro e sigo adiante, sem desanimar. Há períodos que ela desaparece, feito uma louca pelo mundo, ressurgindo surpreendentemente na luz de uma manhã. Então finca os seus cravos nos meus pés, feito ferradura. Arde punitiva a cada passo, até que se cansa de tanto torturar. Faço-me um Rock Lutador apanhando entre as cordas e não entrego. Aguardo o momento de revidar... No dia seguinte estarei correndo outra vez!

Já descrevi que quando corro, eu beijo a cidade com os pés. Toda cidade me sorri, por que reconhece o valor dos meus afagos. Esse reconhecimento começa comigo. Não entrego os pontos facilmente!

Abs!
Bira.

(Postagem de WhatsApp, sem revisão de prováveis erros)

Fome do Rato

Postagem de WhatsApp: feita no aplicativo e replicada no blog, sem alterações.


Fome do Rato

Amigos!

São meia noite e bateu minha fome do rato. Penso numa sopa quentinha de inhame e decido fazer. Abro a geladeira e ignoro tudo que tem ali: minha fome do rato não se contenta com maçãs, nem bananas da fruteira ou biscoitos reclusos nos potes. Descasco os inhames e ponho para cozinhar. Na frigideira preparo o tempero de alho, cebola, salsa e coentro. O inhame fica cozido em poucos minutos e é hora de amassá-los um a um. Forma-se uma pasta onde misturo o molho e um pouco d'água. Alguns minutos e mexidas, depois, já posso me servir na tigela. 

É uma e trinta da manhã. Um cachorro late nas ruas desertas de Irajá. Um frescor invade a sala pelas frestas da janela. Não sei de que direção me apontam o cantar de um galo. Todos os pequenos barulhos se fazem ouvir, menos o ronco do estômago que denunciava a fome do rato. 

Abraços, 

Bira.
(postagem de WhatsApp, sem revisão de prováveis erros)