segunda-feira, 31 de agosto de 2020

Finalmente, Corrida Está de Volta!

 

Parte dos corredores na tradicional foto ao pé das Torres do Mendanha: muitos já haviam descido.

Finalmente, Corrida Está de Volta!

Amigos, 

A Corrida voltou para alegrar as manhãs cariocas!... E foi neste fim de semana, em Campo Grande, quando aproximadamente 180 corredores subiram a Serra do Mendanha, em dois eventos seguidos: 

  • No Sábado, 29/08/20, dezesseis ultramaratonista encararam uma prova de 100 km. A altimetria acumulada da prova somou mais de 4.800 metros. A largada foi de manhã e a competição se estendeu até a madrugada de domingo. Foram oito voltas, subindo e descendo, da Praça da Bica até as torres de transmissão celular, no alto da serra. Quando anoiteceu, os atletas utilizaram lanternas portáteis para se deslocar na mata escura, sobre o terreno íngreme e extremamente irregular. 

quinta-feira, 27 de agosto de 2020

De Volta Às Torres!

De Volta Às Torres!

Amigos!


Foi em janeiro de 2013 que Sergio Pessoa (camiseta verde, na foto) convidou os amigos para o primeiro treinão do ano. Escolheu como palco o Mendanha, local pouco conhecido pelos corredores cariocas, até então. Partiriam da Praça da Bica, rumo ao alto da serra, onde estão fincadas as torres de transmissão celular.


Era época de ascensão das corridas de rua e do Facebook, onde Sergio anunciou seu evento. O resultado foi surpreendente: 50 corredores compareceram. Um recorde, até então!



As fotos e videos daquele treino repercutiram nas redes. Muitos corredores se tornaram amigos a partir dali... Tal eco atingiu mais corredores e, sem que ninguém percebesse: Estava dada a largada na Época dos Grandes Treinões!


Maravilhoso!... Mas nem tudo são flores nesta história. Poucos dias depois o corredor Adriano Molinaro, um dos incentivadores do Treinão do Mendanha faleceu. Comovidos, os corredores marcaram um treino em homenagem póstuma e a rede de amigos aumentou. Vários treinos foram marcados, desde então, com número cada vez maior de público. No ano seguinte, o Treinão do Mendanha reuniu 120 pessoas, mas já era comum atingir tal público em 2014... A alegria foi contagiante e registrada no vídeo, a seguir:


quarta-feira, 26 de agosto de 2020

A Igualdade Está no Céu!



A Igualdade Está no Céu!

I - O Fim da história:

(...) E um arco-íris surgiu no fim da rua e da tarde... E o sorriso de quem passava gratificou a Deus por tamanho espetáculo! E eu pensei comigo: "A igualdade está no ceu!".

II - O Meio da História:

Até que enfim eu estava correndo de novo!... Depois de vários dias parado esperando me curar de uma nova lesão.

Era uma daquelas tardes de inverno, onde a gente procura  o sol para se esquentar - coisa rara no Rio de Janeiro.

Mas o tempo também corria e logo o sol se esconderia atrás de um prédio em construção - ou de um morro suburbano e desvalido.

Ao lado da estrada, eu prosseguia correndo e fugindo do tombo. Minha visão focava nas irregularidades do chão e todo cenário, ao redor, se fazia periférico.  Eu não queria pisar no buraco, tropeçar na lombada ou chutar a raiz que rompeu a calçada... E assim por tudo a perder.

É assim mesmo: corredores como eu desenvolverem visão periférica. Quando não dá para tirar os olhos do chão, os objetos do entorno se misturam num rastro multicor. Seu caminho se torna um corredor mágico, com paredes de rastros de todas as cores!

Um carro passa ao lado e faz "zum" - barulho do ar que se atira no meu rosto... As folhas secas chiam debaixo dos meus tênis... O jasminzeiro expele perfume, na esquina, em meio à poeira que vento espalhou.

É assim mesmo: Corredores, como eu, não podem se dar ao luxo de parar para observar este caos: eles simplesmente se misturam ao caos! Eles potencializam seus sentidos para sobreviver, ali no meio, o máximo de tempo possível!

III - O Começo e O Fim da História:

Mais uma vez, tomei uma ducha e vesti a roupa de corrida para mais um treino. Disparei o cronômetro e saí pelo bairro, pela enésima vez. Nada demais, o treino foi concluído...

...Até que no fim, surgiu um arco-íris embelezando o meu subúrbio, que tem o céu tão lindo quanto de qualquer lugar!... E eu pensei comigo: "A igualdade está no céu!"

Abraço, 

Bira.

Postada no blog Cronistas de WhatsApp :
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quarta-feira, 19 de agosto de 2020

Vamos, levanta!...




Vamos, levanta!...

Não fica aí parado, tentando encontrar a solução dos seus problemas! Vou lhe contar um segredo: Esta solução é uma questão de distância, pois lhe espera passar correndo em alguma pista lá no parque, para enfim se revelar.


Vamos, levanta!...

Não fica aí perguntando se o que eu digo é verdade. Dúvida é  sinônimo de problema e você não precisa ter mais um! Perceba que agora a questão é de tempo: tempo de vestir seus tênis, bermuda e camiseta, e sair para correr antes da luz do dia apagar.


Vamos, levanta!...

Não fica aí se comprazendo na dor dos injustiçados. Problemas  são pontos de interrogação virados de ponta-cabeça, feito um gancho, onde você está espetado e pendurado pelo peito. Liberte-se e corra, encha seu peito ferido de ar e descubra que a questão, desta feita, é viver preso (ou se libertar?).


Vamos, levanta!...

Não fica aí congelado e pálido pelo pelo efeito do seu condicionador de ar. Seus problemas ficaram presos nesta geleira que te forma, então corra!... Deixa seus problemas derreterem, fluírem  no suor e se perderem no ar! A questão, por fim é simplesmente correr, por aí, sem medo de se perder (ou se encontrar?).


Vamos, levanta!...


Abraços!
Bira.

(Postagem de WhatsApp, sem revisão de provaveis erros).

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segunda-feira, 10 de agosto de 2020

Lembro de Você Correndo e Sorrindo...

 

Lembro de Você Correndo e Sorrindo...

Amigos!

Lembro de você, criancinha, correndo trôpego pela sala, brincando de fugir do seu pai.  Você sabia que seria pego e coberto de cócegas e beijos, mas a adrenalina lhe fazia fugir e gargalhar de alegria.

Lembro que você cresceu mais um pouco e foi correr no intervalo da escola. Ao seu redor, tinha uma dúzia de meninos rápidos e inquetos, riscando o pátio para todo lado... Não demorou para eu lhe perder de vista, mas eu sentia que você estava ali:  Sua energia era visível na algazarra colegial. Seu sorriso, braços e pernas, em movimento incessante, se confundiam com os demais!

Lembro que, anos depois, eu lhe vi correndo na pelada juvenil. Vi você  perder uma jogada ao se distrair olhando a moça bonita passar, na beirada do campo. Naquele momento, os colegas do seu time lhe deram uma bronca. Mas depois do jogo todos sorriram, secando o suor e contando o fato.

Lembro que você foi envelhecendo, correndo cada vez menos e vendendo seu sorriso cada vez mais caro. Agora lhe vejo sem pai, colégio ou pelada e digo: "Desculpe, meu amigo, você vai ter que se reinventar!..."

... Então, vamos, levante e corra! *Se não der, caminhe!* Faz alguma coisa e resgata logo o seu sorriso! *Lembre de você!* 

Abraço!
Bira.

(Postagem de WhatsApp, sem revisão de prováveis erros).
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Boa noite, Papai!

 

Boa noite, Papai!


Amigos!

Se vivo fosse, meu pai teria feito 100 anos em julho próximo. Levei um susto quando meu irmão revelou este detalhe. 

Meu pai era baixo, magro, cabelos negros e lisos, rosto fino e pele de índio. Vestia terno azul marinho com pins do Fluminense e brasão da República. Em sua mão direita brilhava um imenso anel de São Jorge, enquanto sua boca repetia a canção: "Ogum, olha sua bandeira..." Quando não, cantava "Amélia, Mulher de Verdade". Minha mente gravou essas músicas, para eu nunca mais esquecer de seus bons momentos.

Eu sentia um carinho transbordante pelo meu pai. A separação entre ele e minha mãe, quando eu tinha apenas seis anos, nunca abalou meu sentimento. Volta e meia ele vinha em casa e a gente pegava o ônibus para visitar minhas tias. A felicidade que eu sentia numa simples viagem de ônibus, ao seu lado, ecoa até hoje: incrível!

Mas a vida de meu pai não foi fácil: Antes mesmo de eu nascer, ele entraria para o serviço público federal, mas pegou tuberculose e foi reprovado. Conseguiu se curar, porém nunca teve um bom emprego. Aprendeu viver com pouco no IAPC de Irajá. Quando se separou, abriu mão da casa e chegou a morar num barraco. Seus ternos ficaram surrados e seu anel de São Jorge perdeu o brilho. Por outro lado eu crescia, mas não tinha como ajudar: eu também me virava com pouco.

Quando as coisas melhoraram para mim, meu pai já tinha partido de vez. Mesmo com pouco dinheiro, ele pegou um ônibus lunar e foi morar com São Jorge, que como diz a musica: "... venceu a guerra sem perder soldado!"

Apesar disso tudo, meu pai não se perdeu: Filho de Deus, soldado de Ogum, reside na lua!... Boa noite, Papai!

Abraço!
Bira.

(Postagem de Whatsapp, sem revisão de prováveis erros) 
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