Diário de Treinos no Whatsapp - XXXVII
(Rio, quarta, 23.11.22)
Histórias de Corrida: Maratona de Buenos Aires - Parte 4
A Magia e o Choro
Eu interpreto que imensos guindastres de Porto Madero são, na verdade, esculturas postadas num gigantesco salão conversível de arte. Quando um atleta, como eu, cruza correndo aquela região, sente que é mais um elemento daquela instalação: é mágico!
Os Magia passam ali, justamente nos piores momentos da maratona, quando se deve superar "o muro" dos 30 km e o "bujão de gás" interno dá sinais de esgotamento.
No meu caso, no entanto, eu ainda estava bem. Abastecido com Gatorade fartamente distribuído, em toda prova. Alimentado pelas frutas (banana, laranja, passas e ameixas secas) ofertadas aos atletas.
Cheguei a pensar que concluiria a corrida com o tempo de 3:22h - um récorde pessoal, algo compensador para meus 51 anos de idade, até então.
Segui otimista, mas no km 37 senti dores nos ombros e abdômen. Meu ritmo caiu. Melhorei das dores no km 39, mas foi a vez do esgotamento chegar (faltando apenas três quilômetros para a conclusão) e eu não conseguia acelerar. Para piorar, o percurso ficou confuso entre árvores e arbustos do mesmo parque em que demos a largada. Emocionalmente, briguei comigo mesmo, para chegar ao final. Retomei, no km derradeiro, a Avenida Presidente Figueiroa Alcorta e completei a prova tomado de choro e emoção(...)
Concluo este relato com parte de um texto que escrevi na época, descrevendo esta chegada:
(...) "Um corredor argentino amparou-me com um abraço, chamando-me de "campeón", mas ele próprio acabou chorando junto... Parecia tango!..."#
TREINOS DO DIA:
1 h de musculação na AcademiaRace;
Corrida: off.
Até a parte XXXVIII
Abraços!
Bira.
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