Corredores posam antes da largada: sol, calor e a baixa umidade do final de agosto goianiense.
Correr em Goiânia, nesse finzinho de agosto, não é tão fácil. O clima está seco e o inverno só figura nos calendários. As nuvens, que cruzam o azul do céu, desejam apenas exibir sua brancura. Orgulhosas e belas, elas não querem chorar sobre os os gramados dos parques goianienses. Então, a grama fica seca na cidade dos parques e modelo ambiental.
Amanheceu e o sol que despontou no planalto prometia aquecer bastante aquele sábado. O treinão estava marcado para começar às oito da manhã, melhor seria se começasse às sete, devido ao clima, mas quando pensamos nisso, já era tarde para trocar o horário. No Parque Areião foi montada uma barraca com apoio da Lince - Assessoria Esportiva, com água gelada, bolo e frutas, suficientes para os 20 corredores presentes e quem mais chegasse. Os macacos que habitam o parque, no entanto, não eram bem-vindos mas ficavam de ronda nas grades, esperando uma chance para roubar as frutas.
Nilo Rezende, corredor e blogueiro goianiense, me apresentou aos corredores locais, enquanto sua esposa Fernanda tirava fotos. Falei rapidamente sobre a importância dos treinos e longões, onde o contato entre os corredores é mais estreito do que nas grandes corridas. Disse que pretendo percorrer os estados, fazendo amigos e mostrando um pouco dos aspectos locais. Ganhei uma camisa do Grupo de Corrida Giramundo, entregue solenemente... O papo estava bom, mas a gente estava ali para correr!... Então foi dada a largada.
O forte calor encurtou o percurso para pouco mais de 5 km por volta, percorridos o entorno do do Parque Areião e passando pela movimentada pista de corrida da Avenida Ricardo Paranhos - onde as assessorias esportivas montam suas barracas e os corredores eram brindados com degustação de uma nova marca de picolé. Sendo assim, os atletas podiam passar várias vezes pela barraca de apoio e se hidratarem. Eu dei apenas duas voltas, já que estava lesionado, os demais deram três ou quatro voltas. Percebi espigões com quase quarenta andares brotando no entorno do parque e bloqueando, aos poucos, a visão do céu - na minha opinião: um crime ambiental... Mas apenas fotografei e segui em frente, enquanto o sol ainda consegue atingir a testa de quem rodeia o parque.
Prédios imensos bloqueiam o azul do céu e se duplicam no espelho d'água do Parque Areião.
Lascas de melancia tão doce quanto o mel era o maná predileto de quem acabou de correr. Histórias de corrida eram trocadas feito figurinha, algumas carimbadas, como a de Silvio Caetano, 42, que em cinco anos de corrida perdeu 20 kg de peso excessivo e completou este ano a Meia Maratona do Rio com 1:26:32 h. Enquanto isso, a temperatura subia afastando os praticantes de esporte daquela área. De pouco em pouco, todos se despediram com a promessa de se encontrarem em Brasília, quando "Um Longão em Cada Estado" ali chegar.
Conhecendo o Memorial do Cerrado
Com apenas 80 anos de fundação, Goiânia mergulha fundo em sua história no Campus da PUC Goiás. O Museu de História Natural exibe fósseis de até 600 milhões de anos. Árvores petrificadas e a evolução da vida e do homem. A flora e a fauna do Cerrado estão ali. Fora da parte coberta, a viagem continua no Memorial do Cerrado - um museu cenográfico e vivo. Caminhei pela vila cenográfica do Brasil Colonial, adentrei na aldeia indígena e observei no quilombo, um escravo, mantendo vigília na guarita coberta de palha. Dois bois imensos movimentam a moenda, produzindo garapa que virava rapadura nas bocas das crianças. Vestidas de estudante, elas visitam diariamente o memorial, absorvem cultura e passeiam pela Trilha Ecológica da Semente Peregrina.
Naquela tarde de sábado ocorria a Jornada da Cidadania, que oferecia cultura, folclore e serviços gratuitos à comunidade. Índios do Xingu eram as estrelas da festa e faziam pinturas nos visitantes... Não foi a toa que o Memorial do Cerrado já foi eleito o local mais bonito de Goiânia.
Abraços!
Bira.
Longões Pelos Estados
Este ano ainda pretendo realizar, pelo menos, mais uma etapa da série de 27 longões. Quem não tem patrocínio não pode ter pressa e é esse meu caso. Agradeço pelo covite do amigo Nilo Resende e sua esposa Fernanda (blog: Companheiros de Corrida) para correr em Goiânia. Agradeço à Lince - Assessoria Esportiva, ao Grupo de Corrida Giramundo e os todos os corredores do treinão.#Abraços!
Bira.
2 comentários:
Parabéns, Bira, pela excelente iniciativa e obrigado por escolher Goiânia para iniciar essa brilhante jornada.
Uma das coisas legais da corrida de rua é que ela acaba nos tornando em uma grande família e foi muito gostoso ouvir sua experiência de vida, bem como participar daquele longão com os companheiros de corrida.
Muito sucesso na sua vida e obrigado pelo carinho.
Abraços calorosos goianienses!
Bira parceiro como sempre falo vc é "1000" sempre com novos assuntos reais do mundo do corredor essa agora de correr em estados do nosso Brasil é show e claro que vc agora passar a ser o nosso Bira forrest gump .
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