Imagem composta com recortes de fotos da internet, ditada com Gimp e Paint - Bira, 11/15. |
Última Introdução
Vivo. É assim que me sinto diante das minhas memórias... Não importa por quanto tempo eu esteja parado nem o quanto engordei, por causa disso. Não importa que a sola do meu pé insista em arder quando piso no chão. Farei das memórias meu chão e correrei nas pistas que são formadas entre as linhas deste texto!Agora estou vivo, porque assim decidi! Não lamentarei pela cura que espero, quando o esperar já constitui privilégio. Esperar é uma oportunidade que ganhamos para rever e projetar. Se você é daqueles que apenas lamenta toda vez que está esperando, perde a oportunidade de avaliar o passado para fazer melhor, mais à frente.
Revejo tudo que um corredor pode sentir descrito aqui, em várias postagens. Já relatei alguns trechos e agora dou fim a esta série de "Memórias...".
Capítulo XIII - Aprendendo a Descrever
Fiz esse blog, em 2008, para relatar minhas corridas. Não demorou muito e eu descobri que o relato das corridas de um corredor comum e cinquentão não despertava grande interesse.
Mas eu estava no auge de um dos meus treinamentos solitários e queria dividir essa experiência com o maior número possível de pessoas, então me fiz a pergunta:
-- De que forma um cara como eu atrairia algum acesso para o seu blog?
A resposta veio rápida, na minha cabeça:
-- Pare de falar de você e descreva apenas o que vê e o que sente... Faça assim: Quando estiver correndo, transforme seus sentimentos em uma lente. Depois coloque esta lente entre seus olhos e a paisagem... A seguir, relate o que vê e descreva o que sente!... Se fizer direitinho, seu texto será capaz de espalhar emoções!
Os corredores não diferem das pessoas na preguiça de descrever suas emoções. É muito comum ouvir a expressão "emoção indescritível", quando tudo pode ser descrito. Aprender a descrever é uma ultra maratona interminável. É o mergulho num oceano de mistérios, belezas e perigos. A criatividade (afirmo!) está ao alcance de todos que têm coragem de mergulhar nos seus oceanos.
Arrisco-me muito neste espaço, faço dele o meu mar. De tanto que arrisco às vezes acerto, como em "DNA de Corredor", uma composição feita com medalhas e camisas de corridas, da postagem "Arte com Medalhas":
Capítulo XIV - Meus Projetos
Em maio de 2013 eu decidi que faria "Um Longão em Cada Estado" e dei esse título ao primeiro projeto deste blog. Comecei aqui no Rio, para ficar mais fácil, e juntei 80 corredores para a subida ao Alto do Sumaré. Três meses depois, fui a Goiânia a convite de Nilo Resende, do blog Companheiros de Corrida. Tive uma surpreendente acolhida, quando Nilo me apresentou seus amigos e sua cidade. Depois disso eu comecei a trilhar uma via-crúcis de lesões e interrompi o projeto. Voltei um ano depois, em setembro de 2014, na belíssima Gramado. A fascite plantar que me acometia se agravou e o projeto foi interrompido até hoje. A ideia de fazer "Um Longão em Cada Estado" continua de pé, esperando melhores dias.1º Encontro de Blogueiros, Hotel Mar Palace, Copacabana, Rio, jul/15. |
O Primeiro Encontro de Blogs e Grupos de Corrida (foto acima) aconteceu em julho de 2014, no Hotel Mar Palace, em Copacabana. Era véspera de Maratona do Rio, uma oportunidade para corredores blogueiros, vindo de todo Brasil, se reunirem para estreitar amizades e trocar experiências. Tive apenas dois meses para divulgar o encontro, o que inviabilizou a participação de vários blogueiros. Mesmo assim, o tempo ficou apertado para que todos pudessem falar.
Foto do Treinão do Brasil, em, Macapá - AP: 300 corredores. |
Capítulo XVI - Isso Não Vai Acabar em Memórias!
Eu ainda teria muita história para relatar aqui, mas é evidente que não estou morto e resolvi parar com esse negócio. Confesso que esta série foi um pretexto para alimentar o blog, já que estou a tanto tempo sem correr. Mas foi também um gostoso desafio... Produzir postagens sobre corrida, sem sair de casa para correr, é como narrar um jogo de dentro do estúdio da TV... Bem, eu nunca narrei um jogo, mas adoro fazer comparações...Voltarei ao presente e se viajar, de novo, será para o futuro (o que seria outro belo desafio). Longe das corridas, alimentarei esse blog com o leite que tirarei das pedras - ou das pedras farei sopa. Agora as pedras estão apenas no meu caminho e não sobre mim. Falta menos tempo para eu voltar a correr do que quando eu iniciei esta série, esta postagem, esta frase, esta palavra, este pensamento:
Vivo. É assim que me sinto ao perceber que meu retorno às corridas está cada vez mais próximo!...
- FIM -
Abraços!
Bira.
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