Treinar e Encontrar com um Amigo!

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(...) A surpresa de deparar com um amigo, durante um treino, é uma das coisas mais gratificantes na vida de um corredor (...)

Ozeias e eu, na foto tirada em outro treino que fizemos em 2014, no Recreio. 

Treinar e Encontrar com um Amigo!


Amigos!

A surpresa de deparar com um amigo, durante um treino, é uma das coisas mais gratificantes na vida de um corredor. Ainda mais, se os treinos que fazem não têm compromisso ou metas muito rígidas, pois assim eles podem mudar o percurso para correrem juntos, colocando a conversa em dia. Foi assim que aconteceu comigo, no último sábado:

Saí para corre ás 18:30 h da noite, quando um sol amarelado já não tinha a mesma força de quem elevou a sensação térmica do Rio acima dos 40 º. Por conta disso, as ruas da Vila da Penha ainda estavam vazias. A sensação de calor persistia, pois o asfalto e o concreto expulsavam a quentura que absorveram durante o dia. Quando o céu escureceu, eu já tinha passado por Cordovil, Brás de Pina e começava a subir o viaduto da Avenida Lobo Júnior, na Penha. Rumo à Olaria, prossegui mantendo as passadas em ritmo de trote. Corria na margem da rua e na contra-mão, como sempre, para escapar de um algum carro que passasse muito próximo. Optei por vestir uma camiseta clara, que refletisse as luzes dos faróis e prossegui.

Dez quilômetros depois, eu fazia o retorno em Ramos e parava num posto de gasolina para comprar isotônico. Eu me sentia muito feliz em simplesmente voltar a correr. Eu sabia que não estava curado da lesão, mas ela deu uma trégua. Aproveitei para voltar sorrateiramente, como se estivesse me escondendo da própria lesão. Nesse começo de ano, afirmei para mim mesmo que vou ficar curado e voltei a correr um dia de cada vez. Já não aguentava mais viver sem o prazer do movimento. Quis banhar a cabeça com água gelada, que escorre e se junta ao suor para grudar a camisa no corpo. Quis sentir o sabor e o prazer dessa d'água, descendo pela garganta e penetrando na alma. É incrível perceber como um gole d'água recupera o fôlego. O fato de perder e retomar o fôlego carrega um sentimento de gratidão pela vida.

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De Ramos até a Penha, eu retornava às margens da estrada de ferro. Meu treino estava perto de acabar, mas eu ainda não tinha pensado em um tema para postar nesse blog. De repente, alguém me chama e eu deparo com meu amigo Ozéias, que também estava treinando. Seu rosto estava iluminado, mas não era o reflexo da luz de nenhum farol. O brilho vinha do simples prazer de encontrar um amigo. Depois de trocarmos um abraço suado, ele resolveu mudar sua rota e me acompanhar. No trajeto, recordamos de grandes momentos em treinos e provas que fizemos com outros tantos amigos. Viajamos no tempo e sentimos vontade de reunir nossos antigos companheiros.

Logo o treino acabou, como tudo que é bom, em mais um abraço suado e a promessa de novos encontros. Voltei para casa reafirmando o desejo de ficar curado, de vez, para não perder a chance de reencontrar meus amigos, não sem antes encontrar comigo mesmo, como fiz neste sábado.

Abraços!
Bira.
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