Foto pessoal transformada pelo aplicativo Prisma. |
Fora da Nuvem, Correndo em Qualquer Lugar!
Amigos!
Paro diante da tela do computador sem saber por onde começar este texto. São mais de quatro meses sem fazer uma postagem neste blog e visitando muito pouco o Facebook. Saí da "nuvem", onde todos moram nos dias atuais. Mas não foi nada planejado: de repente, resolvi cobrir os móveis, trancar a casa e pegar o primeiro voo imaginário para fora do mundo dos pixels. Para completar, meu celular enguiçou (três vezes!) e, desconectado, eu aguardo as promoções do Black Friday para substituí-lo. Juro que cheguei a pensar em nem ter mais celular, mas... Como eu iria chamar o Uber ou pagar as contas sem precisar ir ao banco?
Fica calmo, não estou com fobia social-virtual. Fora da "nuvem", ao alcance das minhas mãos, tem um monte de gente, até onde meu grito alcança. É verdade que há muito eu não grito, então as minhas palavras desfalecem num raio cinco metros. Então percebo que a internet é um grito, ou melhor, é um monte de gente gritando para muito além dos cinco metros de seu entorno. Ontem mesmo, falei com uma colega que a Rede é viciante porque é como um simulacro de telepatia, devolvendo ao homem uma capacidade que ele perdeu -- de comunicar-se instantaneamente, sem limites... Ela perguntou onde eu li isso, ignorando todas as minhas vidas passadas.
Bem, agora que falei em "passadas" posso retomar o tema deste blog: A corrida.
Sim, eu voltei a correr este ano, mas só há pouco comecei a treinar de verdade, sem alarde e solitário (fica calmo, não estou com fobia social, apenas feliz). Vou fazer a Maratona do Rio'17 depois de dois anos afastado. Comecei a treinar bem cedo, não tenho pressa - ainda faltam oito meses para a prova. Estou curtindo a viagem dos treinos... E como é bom treinar de novo!
Esta semana, correndo no asfalto, encarei chuva forte e fria, atirada por nuvens reais. A descarga só me fez refrescar e correr mais forte! Percebi que também sou nuvem, gotejando e emitindo água ou vapor... Fecundando o chão e povoando o céu, ao mesmo tempo... Colorindo a cidade aos olhos de quem sonha e admira um corredor. Trocando vibrações com a Terra a cada toque do solado de meus tênis.
Paro diante da tela do computador sem saber por onde terminar este texto. Meus dedos lentos percorrem o teclado para desenhar a próxima cena: Amanhã vou correr em qualquer lugar da cidade e isso já é o bastante. Estou fora da nuvem, mas disperso no céu!
Abraços!
Bira.
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